UM MOMENTO EXCEPCIONAL NA LUTA CONTRA O CRIME - Randyson Laercio

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sábado, 23 de janeiro de 2016

UM MOMENTO EXCEPCIONAL NA LUTA CONTRA O CRIME

Na segunda metade do século passado, mais precisamente nas últimas duas décadas, o Maranhão viveu vários momentos de luta contra o crime organizado. 

O primeiro foi em 1990, no Governo João Alberto de Souza. Naquele momento, o Maranhão encontrava-se fortemente afetado pela ação do crime organizado, principalmente pelos crimes de encomenda. 

O foco maior era Imperatriz, então ponto de concentração de garimpeiros, muitos desempregados e desencantados com a febre do ouro, situação agravada pela chegada ao Norte e Nordeste de quadrilhas fugidas do Centro-Sul, principalmente do Rio de Janeiro. Ali se concentravam também alguns chefões. 

O governador João Alberto resolveu virar o jogo e colocou em marcha uma ampla ação de combate ao crime marcada pelo enfrentamento direto. Comandada pelo secretário de Segurança Pública, advogado Pedro Emanoel, a ação teve apoio decisivo da Polícia Militar, então comandada pelo coronel Walter Brasil. Na concepção do governador – e muitos concordavam porque era óbvio -, o Maranhão estava sendo vivendo uma guerra, o que obrigava o Governo a agir como tal. 

Foram meses de enfrentamento, mas do início da gestão, em abril de 1990, a abril de 1991, com varias operações, entre elas a famosa Operação Tigre – levada a cabo na Região Tocantina e na qual vários bandidos famosos tombaram – o resultado foi que, pela primeira vez, a criminalidade recuou, com a volta da sensação de segurança no estado.  

Criticada por alguns, a ação do governador João Alberto – que foi muito ameaçado em telefonemas e cartas anônimos – teve larga e indiscutível aprovação popular. Exatamente porque os resultados foram sentidos em todo o estado, e até fora dele, já que os governos do Pará e do Piauí, por exemplo, reclamaram do aumento da criminalidade em seus estados devido à fuga de muitos bandidos do Maranhão. 

A repercussão foi tamanha que em praticamente todos os governos do grupo que se seguiram, o ex-governador lembrado para comandar a Segurança Pública. Mas recusou, preferindo a ação parlamentar.

Repórter Tempo- Ribamar Correia

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