TRÊS MUNICÍPIOS MARANHENSES CANCELAM O CARNAVAL - Randyson Laercio

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

TRÊS MUNICÍPIOS MARANHENSES CANCELAM O CARNAVAL

Em meio à crise econômi­ca que acomete o país, a principal festa brasileira, responsável por atrair mi­lhares de turistas nativos e es­trangeiros, está sendo repensada em muitas cidades do interior do estado. Cancelamentos e rever­são de verbas da festa para ou­tras áreas estão em andamento.
Os municípios de Coelho Neto, Santa Inês e Pedreiras já anuncia­ram o cancelamento da festa. No caso de Coelho Neto, o prefeito Soliney Silva (sem partido) anun­ciou o cancelamento para garantir dinheiro em caixa e o pagamento dos seus servidores. Segundo o prefeito, as constantes quedas do FPM comprometeram as finan­ças do município. Por isso, toda economia com corte de ‘supér­fluos’ precisa ser cogitada.
carnaval lago do junco maranhão
No início do mês de janeiro, a Prefeitura de Santa Inês tam­bém cancelou a realização do seu carnaval. O anúncio foi feito por meio de Nota de Esclarecimen­to divulgada pela Assessoria de Comunicação da prefeitura. No documento, a justificativa dada foi que “o motivo [para o cance­lamento] é a crise nacional pela qual passa o país e a consequen­te falta de repasses por parte do Governo Federal, assim como do Governo Estadual”.
Diz, ainda, que a prioridade, no momento é “o cumprimento da folha de pagamento e encargos sociais do funcionalismo, assim como compromissos já assumi­dos na área da Saúde, Educação e investimentos na qualidade de vida da população”.
Em Pedreiras, o anúncio foi feito na semana passada pelo prefeito Francisco Antônio Sil­va, o Totonho Chicote. A infor­mação foi repassada pelas redes sociais, através de um empresá­rio que mantinha parceria com a prefeitura local na realização da festa na cidade. Segundo o empresário, o prefeito achou por bem reverter a verba do carna­val para a área da saúde. 

Os que não podem fazem
Em consulta a populares,mora­dores de alguns dos 30 municípios incluídos no programa Mais IDH, do Governo do Estado, descobri­mos que parte destas cidades está com programação carnavalesca. São cidades que, vale ressaltar, não deveriam sequer pensar em promover a folia.
Em Amapá do Maranhão, 23º colocado no ranking dos municí­pios maranhenses de menor IDH, a festa foi confirmada pelo secretá­rio de Cultura local. Outra cidade com carnaval confirmado é São João do Sóter, localizada no leste maranhense e com o 17º pior Índi­ce de Desenvolvimento Humano.
As atrações ainda não foram confirmadas, mas, a julgar por anos anteriores, a animação deve ficar a cargo de bandas de pequena ex­pressão vindas do interior da Bahia e do Ceará. São grupos que não têm espaço no carnaval da terra natal e encontram nos estados vizinhos (principalmente Maranhão) es­paço para se apresentarem. Vez por outra, revezam com uma ou outra banda mais conhecida.
O gasto total com as festas tam­bém não foi divulgado, mas, em mé­dia mínima, sai por R$ 500 mil. “São cerca de R$ 120 mil, R$ 150 mil para as bandas. Ainda tem o custo com som, palco, gerador, segurança, ho­tel, alimentação, entre outros”, disse uma das fontes pesquisadas 

Em consulta a populares, mora­dores de alguns dos 30 municípios incluídos no programa Mais IDH, do Governo do Estado, descobri­mos que parte destas cidades está com programação carnavalesca. São cidades que, vale ressaltar, não deveriam sequer pensar em promover a folia.
Em Amapá do Maranhão, 23º colocado no ranking dos municí­pios maranhenses de menor IDH, a festa foi confirmada pelo secretá­rio de Cultura local. Outra cidade com carnaval confirmado é São João do Sóter, localizada no leste maranhense e com o 17º pior Índi­ce de Desenvolvimento Humano. 
As atrações ainda não foram confirmadas, mas, a julgar por anos anteriores, a animação deve ficar a cargo de bandas de pequena ex­pressão vindas do interior da Bahia e do Ceará. São grupos que não têm
Seis estados cancelam festa

Pelo menos 45 cidades de seis estados decidiram cancelar o car­naval 2016, a maioria por causa da crise financeira que deixou os cofres públicos mais vazios. A falta de verbas afetou desde grandes carnavais, como o de Macau, con­siderado o maior do Rio Grande no Norte, até festas do interior de São Paulo e do Sul de Minas. 
Em alguns casos, as prefei­turas tiveram que abrir mão da folia para aplicar o dinheiro em prioridades como o combate à dengue ou a reconstrução de lo­calidades destruídas pelas chu­vas em janeiro. Municípios que não cancelaram a festa terão uma programação bem mais en­xuta pelo corte de verba públi­ca destinada ao carnaval. Em João Pessoa, a prefeitura inves­tirá metade do dinheiro gasto ano passado com a folia de rua. 
O Imparcial

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