O mais estapafúrdio nesse episódio é que não foi uma operação complexa, planejada, executada com armas poderosas e de grosso calibre como vimos nos filmes. Pelo contrário, foi uma ação simples, abrupta, sem nenhum requinte de tecnologia e tampouco a ajuda de equipamentos modernos, como helicópteros, jatos, mísseis, tanques etc.
Sem mais nem menos, deu na teia de alguns bandidos tomarem de assalto um veículo no bairro da Cidade Operária, em São Luís, e ir a Pedrinhas dar fuga a comparsas criminosos. Tudo na maior tranquilidade possível, sem serem incomodados devidamente, de maneira mais enérgica. O que pensar de tamanho acinte dos bandidos?
A conclusão que se chega com mais este descalabro ocorrido em Pedrinhas é que, nitidamente, algo de muito estranho acontece por lá. Na certa, os meliantes invasores tinham a certeza que haveria facilitação. Apenas quatro homens armados não seria suficiente para enfrentar a Força Nacional e o Batalhão de Choque da Polícia Militar. Custa imaginar que seriam ousados a esse ponto. Haveria fuzilamento no primeiro enfrentamento.
Na verdade, há tempos Pedrinhas está fora de controle. Tudo corre frouxo, sem nenhuma ou quase nenhuma fiscalização. A qualquer momento o barril de pólvora pode explodir e uma tragédia de enormes proporções pode acontecer.
Vale lembrar o trabalho desenvolvido pelo Coronel Ivaldo Barbosa à frente de comando das unidades prisionais no começo do ano. Surtiu tanto efeito que não houve nenhum foco de rebelião ou insurgência durante sua permanência à frente dos trabalhos ali desenvolvido. Quando Ivaldo saiu, os presos fizeram festa.
Portanto, é hora de pulso firme, controle e repressão aos detentos estarem em primeiro plano, com a  finalidade de restabelecer a disciplina e a ordem dentro das unidades carcerárias. É necessário a intensificação das revistas para que não haja a entrada de armas e os presos não consigam ter contato com as facções criminosas aqui fora. Entretanto, pelo visto, isso está longe de acontecer.
Jhon Cutrim